2024 é o ano do varejo físico: confira os principais motivos para isso

O varejo é um setor de extrema importância para a economia brasileira, impulsionando o mercado e gerando empregos. De acordo com o estudo “O Papel do Varejo na Economia Brasileira”, realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o crescimento do Varejo Restrito (que não inclui automóveis e materiais de construção) foi de 1,8%, em comparação com 1,1% do PIB nacional. O setor segue movimentando R$ 1,4 trilhão, o que equivale a 19,24% do PIB. Já o Varejo Ampliado alcançou R$ 1,91 trilhão em 2019, com crescimento real de 3,9%, e representa 26,2% do PIB.  

Essa importância se reflete no volume de empregos gerados, que chegou a 26% dos trabalhadores com carteira assinada no país, o equivalente a mais de 8,5 milhões de pessoas.  

O varejo é um canal de distribuição de produtos que se destacou na economia brasileira nos últimos anos, conquistando um papel de destaque no crescimento do PIB nacional. Além disso, a tecnologia tem sido uma grande aliada do setor, permitindo que mais empreendedores comecem seus negócios próprios e desenvolvam empregos e estímulos para a economia como um todo no Brasil. 

Outro ponto a ser frisado é que o varejo físico causa um efeito dominó em toda cadeia de abastecimento, desde a produção até os canais de distribuição, passando pelas vendas diretas, vendas B2B e vendas B2C, até chegar na exposição dos produtos nas prateleiras e lojas de todo Brasil.  

O aquecimento do varejo gera um crescimento em toda essa cadeia. 

Com o aumento das vendas, o varejista pode investir em ações para aumentar ainda mais suas vendas, como a atividade nas redes sociais, a capacitação em vendas, a qualificação da relação com fornecedores, a atuação competitiva no mercado, a comunicação, o atendimento, a motivação da equipe de vendas e a fidelização do cliente.  

Além disso, é fundamental que o varejista faça um bom planejamento, acompanhe as métricas e esteja presente nas redes sociais, oferecendo formas variadas de pagamento para garantir o sucesso no varejo. 

Para Filipe Nascimento, CEO da Fieldy, “uma das estratégias dos varejistas é ter um mix de produtos diferenciados, que tenha valor agregado e que criem fidelização e uma melhor experiência do seu cliente final”, diz. 

“E é assim que vamos incentivar o varejo, ofertando a eles uma gama de novos produtos, levando o melhor dos nossos clientes até cada um dos PDVs do Brasil”, complementa. 

Pontos fortes do varejo 

Mesmo investindo em realidade aumentada, inteligência artificial e uma série de atrativos nas lojas digitais, o varejo físico ainda oferece uma experiência sensorial incomparável, permitindo aos consumidores ver, tocar e experimentar os produtos antes da compra. Segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 76% dos consumidores têm a intenção de comprar em lojas físicas.  

Compre na loja online e retire na loja física. As empresas estão abraçando a ideia de omnicanalidade, onde as lojas não são mais vistas como concorrentes do comércio online, mas sim como complementares. A combinação entre o ambiente físico e tecnologias inovadoras oferece conveniência, agilidade e interação fluida entre os canais online e offline, atraindo e retendo clientes. Tanto, que 46% dos entrevistados pela Opinion Box, afirmam que a estratégia omnichannel é a escolha de consumo. 

Ferramentas são essenciais para a gestão das vendas 

A RD Station, publicou um relatório com o panorama de vendas em 2023 e os resultados foram interessantes: 71% das empresas não bateram suas metas de vendas em 2022 e, mesmo assim, 74% dos entrevistados afirmam que “ter processos claros e bem definidos” é o fator mais importante para melhorar a performance. 

Sabemos que toda jornada requer um preparo e a jornada de vendas não é diferente. Por exemplo, quando se quer viajar 1.000 kms existem várias maneiras de se chegar: seja a pé, de bicicleta, moto, carro, avião. Aí entram outros detalhes, como: se vai se guiar apenas pelas placas que vão aparecer pelo caminho, um mapa de bolso, um gps, enfim. Quanto melhor preparado você estiver, mais eficiente será sua jornada, e com as ferramentas certas, a experiência e o resultado com certeza será melhor. 

Ainda, de acordo com o relatório da Resultados Digitais, 51% das empresas não utilizam CRM ou qualquer outra ferramenta para fazer a gestão dos negócios e do time de vendas. 

“Os números indicam um enorme potencial de melhorias e oportunidade de crescimento do mercado brasileiro. Um dos grandes fatores da não digitalização dos processos de vendas são os altos custos de implementação de ferramentas e softwares para o setor, principalmente os mais famosos e de escala internacional. Porém existem soluções em forma de serviço acessíveis e viáveis a serem investidas por todos os tamanhos de empresas”, explica Filipe Nascimento, CEO da Fieldy.  

‘A Fieldy é um exemplo, com uma licença de R$49,90 por usuário e com integração Plug & Play, conseguimos em horas digitalizar a jornada de vendas de uma empresa. E mais: com o controle, insights, KPIs, integrações, mobilidade, acessibilidade, o salto gerencial e de performance que nossos clientes encontram é gigantesco’, conclui. 

O uso de tecnologias para aprimorar e potencializar o funcionamento de empresas e potencializar a atividade dos representantes nas vendas externas é fundamental. “Hoje temos clientes que faturam de R$ 100 mil a R$ 350 milhões ao ano, e todos eles ganharam ao menos 70% em produtividade de vendas, contrariando as estatísticas de quem ainda não se digitalizou”, diz Filipe Nascimento. 

Mas, afinal, o que querem os clientes nas lojas físicas? 

Não é novidade que o consumidor tem ficado cada vez mais exigente – já que ele tem um maior número de informações e opções em mãos antes de tomar decisões. Pensando nisso, a Opinion Box entrevistou 2.083 pessoas entre 15 e 50 anos para entender quais são as preferências do público no varejo físico em 2024 e o resultado foi: 

Experiência sensorial: 66% – Poder ver, tocar e experimentar o produto, principalmente nos setores de beleza, cosmética e maquiagem. 

Instantaneidade: 65% – Sair com o produto na hora, em mãos. 

Contato humano: 22% – Ser atendido por uma pessoa real. 

Promoções: 21% – Atraídos por ofertas especiais. 

Melhores preços: 20% – Buscando economia nas lojas físicas. 

Acesso a produtos exclusivos: 19% – Encontrar itens não disponíveis online, principalmente, novos lançamentos cosméticos. 

Comparação de preços: 14% – Analisar custos em diferentes lojas. 

Formas de pagamento: 10% – Preferência por opções flexíveis de pagamento. 

Ainda, de acordo com a Opinion Box, os consumidores estão em busca de experiências personalizadas, sendo que 79% deles concordam que a tecnologia desempenha um papel fundamental nesse processo. O conhecimento aprofundado sobre o público é essencial para a personalização, e os canais de interação preferidos incluem WhatsApp (63%) e chat online (46%). Empresas que oferecem atendimento personalizado têm maior probabilidade de conquistar a preferência do consumidor, com 59% indicando disposição para comprar de marcas que oferecem essa diferenciação. 

Há oportunidades para os varejistas explorarem novas tecnologias com o intuito de aprimorar a experiência do consumidor. As empresas e profissionais do setor podem se preparar para atender às demandas e expectativas em constante evolução dos consumidores, garantindo assim um posicionamento estratégico no cenário do varejo em 2024.